Por Marta Watanabe | De São Paulo
A alta mais recente do dólar já começou a tirar um pouco da rentabilidade dos exportadores. A margem de ganho das exportações cresceu 4,7% no primeiro trimestre de 2014, na comparação com iguais meses do ano passado. A rentabilidade do período, porém, é menor que o índice de 6,7% no acumulado dos dois primeiros meses. A valorização cambial nos últimos meses foi um dos fatores que levaram à diminuição da margem. A taxa de câmbio nominal teve valorização de 2,4% em março, na comparação com fevereiro. Isso contribuiu para uma queda de 3,2% na taxa de rentabilidade em março, na comparação com o mês anterior. Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
Apesar da valorização recente, de janeiro a março o real acumula desvalorização. No primeiro trimestre, a elevação da margem do exportador resultou principalmente da desvalorização de 18,5% do real frente ao dólar no período. A depreciação compensou a queda de 5% no preço das exportações e a elevação de custos de produção de 7,4%.
Apesar da valorização recente, de janeiro a março o real acumula desvalorização. No primeiro trimestre, a elevação da margem do exportador resultou principalmente da desvalorização de 18,5% do real frente ao dólar no período. A depreciação compensou a queda de 5% no preço das exportações e a elevação de custos de produção de 7,4%.
Daiane Santos, economista da Funcex, diz, porém, diz que a tendência é de redução na margem de lucro na exportação. Isso deve acontecer não só por conta da valorização cambial em março e abril como também em razão da evolução dos custos de produção e dos preços de exportação.
Os dados da Funcex mostram que os custos de exportação aumentaram sua pressão sobre a rentabilidade. Em março, o custo subiu 8,7% contra igual mês de 2013. No acumulado de 12 meses encerrados em março, na comparação com os 12 meses anteriores, a alta foi de 6,4%. Segundo Daiane, no primeiro trimestre, houve aumento médio de 8,2% no custo dos insumos nacionais enquanto os insumos importados tiveram alta de 12,5%, prejudicando mais os segmentos com maior fatia de insumos comprados do exterior.
Nos próximos meses, diz a economista da Funcex, espera-se que o custo de produção continue subindo, sob forte influência da elevação de tarifa de energia elétrica.
Os preços de exportação também irão contribuir negativamente para a rentabilidade do exportador, já que há tendência de recuo, diz Daiane. "Nos próximos dois meses deve haver uma recuperação de preços, mas depois eles voltam à tendência de queda, puxados principalmente por commodities agrícolas e metálicas."
Até o primeiro trimestre, a queda de preços foi influenciada principalmente pelos produtos com menor valor agregado. Os preços médios dos básicos caíram 6,8% no trimestre e os de semimanufaturados, 8,5%. O preço dos produtos manufaturados caiu 1,5%.
Os dados da Funcex mostram que os custos de exportação aumentaram sua pressão sobre a rentabilidade. Em março, o custo subiu 8,7% contra igual mês de 2013. No acumulado de 12 meses encerrados em março, na comparação com os 12 meses anteriores, a alta foi de 6,4%. Segundo Daiane, no primeiro trimestre, houve aumento médio de 8,2% no custo dos insumos nacionais enquanto os insumos importados tiveram alta de 12,5%, prejudicando mais os segmentos com maior fatia de insumos comprados do exterior.
Nos próximos meses, diz a economista da Funcex, espera-se que o custo de produção continue subindo, sob forte influência da elevação de tarifa de energia elétrica.
Os preços de exportação também irão contribuir negativamente para a rentabilidade do exportador, já que há tendência de recuo, diz Daiane. "Nos próximos dois meses deve haver uma recuperação de preços, mas depois eles voltam à tendência de queda, puxados principalmente por commodities agrícolas e metálicas."
Até o primeiro trimestre, a queda de preços foi influenciada principalmente pelos produtos com menor valor agregado. Os preços médios dos básicos caíram 6,8% no trimestre e os de semimanufaturados, 8,5%. O preço dos produtos manufaturados caiu 1,5%.
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