Valor Econômico - 27/05/2014
Simões, da JSL: indústrias estão cada vez mais distantes dos consumidores.
Por Marcelo Pinho | Para o Valor, do Rio
O crescimento econômico na última década trouxe uma nova dinâmica para o setor de cargas. O Brasil registrou no últimos anos um aumento significativo na movimentação de cargas. O crescimento do mercado de consumo em regiões antes pouco atraentes para as transportadoras elevou o serviço de movimentação de cargas para novos patamares. E isso se refletiu no balanço das empresas.
Apesar dos bons resultados alcançados para o setor nas últimas duas décadas, o presidente da Associação Brasileira das Transportadoras de Carga, Newton Gibson, acha que o governo deveria dar um respaldo maior ao setor. "As empresas, embora estão em situação satisfatória, necessitam do respaldo financeiro que o governo não oferece", declarou. "Novos planos, programas e projetos precisam ser adotados urgentemente, como renovação da frota, que é um item que não pode ser negligenciado."
A JSL, uma das maiores empresas de logística do país, fundada há mais de 50 anos, por exemplo, registrou em 2014 faturamento bruto de R$ 5,24 bilhões, 17% mais que no ano anterior. "Abrimos o capital em abril de 2010. Nosso faturamento de 2013 sobre 2009 mostra alta de 150%. Se comparar o Ebitda o aumento é acima de 100%", diz Fernando Simões, presidente da empresa. Com mais de 23 mil funcionários, a empresa projeta manter o ritmo de crescimento em 2014, mesmo diante de um cenário de baixo aumento do PIB. De acordo com o presidente da empresa, a expectativa da companhia é crescer entre 12% e 16% este ano. Segundo Simões, além do crescimento da economia do país nesses anos, outra fator para explicar o bom desempenho da empresa e do setor são as características do desenvolvimento brasileiro.
"Nossas empresas nem sempre instalam suas fábricas perto do mercado consumidor. Muitas vezes os incentivos tributários definem o local da fábrica. Muitas vezes ficam distantes de seus clientes. É por isso que devemos pensar num modelo de solução logística integrada com diversos modais de forma customizada para cada cliente", explica.
A TNT Mercúrio também se beneficiou das mudanças no perfil consumidor no Brasil. De acordo com o diretor executivo da empresa, Cristiano Koga, o país passa por um processo de interiorização do consumo, propício ao desenvolvimento das empresas de transporte. "Hoje o mercado movimenta o país. Temos grande potencial no interior. Muitas cidades que não consumiam hoje consomem. Elas possuem um PIB per capita como de cidades maiores. Esse fenômeno é uma grande oportunidade."
Koga projeta para este ano um crescimento de 12% no faturamento, mesmo com a economia interna desaquecida. "Quando a economia cresce pouco, o empresário se preocupa mais em eficiência, redução de perdas. O cliente quer que a empresa entregue no prazo, sem danos ao produto", diz.
De acordo com o executivo da TNT, em 2012 a empresa montou um planejamento estratégico que identificou como prioridades a entrega de produtos de alto valor agregado, como fármacos, eletrônicos, cosméticos, peças de automóveis. "Por causa desse trabalho conseguimos manter altas taxas de crescimento. Em 2013 tivemos faturamento de 16% maior do que em 2012", diz.
Com 126 filiais, em 2013 a TNT Mercúrio faturou R$ 880 milhões. A expectativa é ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão este ano. A empresa opera em 5 mil localidades, o que segundo o executivo, a coloca atrás apenas dos Correios. Koga cita como desafios para este ano a realização da Copa do Mundo e as eleições. "Num evento assim, temos muitas interdições de ruas, feriados. Isso tudo complica muito a operação para manter os prazos de entrega."
A empresa espera investir 3% de seu faturamento em 2014. Os recursos serão voltados para gerenciamento de risco, tecnologia e renovação da frota. "Elegemos a produtividade e da transparência para o cliente como prioridade. Ele quer saber online onde está sua carga e para isso é preciso investir em tecnologia", diz.
Apesar dos bons resultados alcançados para o setor nas últimas duas décadas, o presidente da Associação Brasileira das Transportadoras de Carga, Newton Gibson, acha que o governo deveria dar um respaldo maior ao setor. "As empresas, embora estão em situação satisfatória, necessitam do respaldo financeiro que o governo não oferece", declarou. "Novos planos, programas e projetos precisam ser adotados urgentemente, como renovação da frota, que é um item que não pode ser negligenciado."
A JSL, uma das maiores empresas de logística do país, fundada há mais de 50 anos, por exemplo, registrou em 2014 faturamento bruto de R$ 5,24 bilhões, 17% mais que no ano anterior. "Abrimos o capital em abril de 2010. Nosso faturamento de 2013 sobre 2009 mostra alta de 150%. Se comparar o Ebitda o aumento é acima de 100%", diz Fernando Simões, presidente da empresa. Com mais de 23 mil funcionários, a empresa projeta manter o ritmo de crescimento em 2014, mesmo diante de um cenário de baixo aumento do PIB. De acordo com o presidente da empresa, a expectativa da companhia é crescer entre 12% e 16% este ano. Segundo Simões, além do crescimento da economia do país nesses anos, outra fator para explicar o bom desempenho da empresa e do setor são as características do desenvolvimento brasileiro.
"Nossas empresas nem sempre instalam suas fábricas perto do mercado consumidor. Muitas vezes os incentivos tributários definem o local da fábrica. Muitas vezes ficam distantes de seus clientes. É por isso que devemos pensar num modelo de solução logística integrada com diversos modais de forma customizada para cada cliente", explica.
A TNT Mercúrio também se beneficiou das mudanças no perfil consumidor no Brasil. De acordo com o diretor executivo da empresa, Cristiano Koga, o país passa por um processo de interiorização do consumo, propício ao desenvolvimento das empresas de transporte. "Hoje o mercado movimenta o país. Temos grande potencial no interior. Muitas cidades que não consumiam hoje consomem. Elas possuem um PIB per capita como de cidades maiores. Esse fenômeno é uma grande oportunidade."
Koga projeta para este ano um crescimento de 12% no faturamento, mesmo com a economia interna desaquecida. "Quando a economia cresce pouco, o empresário se preocupa mais em eficiência, redução de perdas. O cliente quer que a empresa entregue no prazo, sem danos ao produto", diz.
De acordo com o executivo da TNT, em 2012 a empresa montou um planejamento estratégico que identificou como prioridades a entrega de produtos de alto valor agregado, como fármacos, eletrônicos, cosméticos, peças de automóveis. "Por causa desse trabalho conseguimos manter altas taxas de crescimento. Em 2013 tivemos faturamento de 16% maior do que em 2012", diz.
Com 126 filiais, em 2013 a TNT Mercúrio faturou R$ 880 milhões. A expectativa é ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão este ano. A empresa opera em 5 mil localidades, o que segundo o executivo, a coloca atrás apenas dos Correios. Koga cita como desafios para este ano a realização da Copa do Mundo e as eleições. "Num evento assim, temos muitas interdições de ruas, feriados. Isso tudo complica muito a operação para manter os prazos de entrega."
A empresa espera investir 3% de seu faturamento em 2014. Os recursos serão voltados para gerenciamento de risco, tecnologia e renovação da frota. "Elegemos a produtividade e da transparência para o cliente como prioridade. Ele quer saber online onde está sua carga e para isso é preciso investir em tecnologia", diz.
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