Falta de informação e sistema tributário são fatores que impedem acesso a novos mercados
Erica Ribeiro
Erica Ribeiro
Com quase 19 mil empresas brasileiras atuando como exportadoras, apenas 5% desse total são pequenas e médias, número que poderia ser bem maior, não fosse o peso do sistema tributário, os custos para colocar produtos em outros mercados e a falta de conhecimento sobre como funciona o comércio exterior. Apesar de figurar como a maioria da força produtiva— mais de 90% das empresas são pequenas ou médias no país, segundo dados do Sebrae — a desvantagem está justamente no porte delas, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Desvantagem que, mesmo com todas as iniciativas de incentivo à exportação, não avançam como se esperava, afirma ele. "Iniciativas não faltam e são muitas, visando o estímulo à exportação.
Mas o grande mal das pequenas empresas está no custo para exportar. Além disso, falta previsibilidade por parte do governo para dar mais segurança a essa decisão", diz Castro, acrescentando que um processo de exportação, levando em conta gastos com despachante aduaneiro, fiscalização de mercadoria e certificado de origem, entre outras exigências, fica em torno de US$ 250 por operação. Isso, sem contar o custo para o desenvolvimento do produto a ser exportado, dentro dos padrões internacionais. "Por isso no Brasil poucas as que se aventuram a exportar. Acultura é muito mais importadora. Temos 44 mil empresas importadoras aqui. Quando uma pequena ou média empresa resolve exportar, isso vem da uma postura mais agressiva do dono.
Na minha opinião, todas as empresas deveriam exportar pelo menos 1% da produção. Se der errado, ela não quebra. Se der certo, abre mercados. E cria a tradição da exportação no Brasil, indo também para o interior, em busca potenciais exportadoras", avalia Castro. "A Europa exporta muito e países como a Itália tem as PMEs entre os grandes exportadores porque lá os consórcios de exportação são valorizados. Aqui, já houve tentativas, mas o sistema tributário brasileiro inviabiliza isso", continua. Segundo o diretor de Acesso a Mercados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Mauro Bogéa, em 2013, o principal grupo de produtos exportados pelas micro e pequenas empresas foi o de máquinas e equipamentos. No ano passado, 2.414 estabelecimentos deste porte exportaram o equivalente a US$ 250,1 milhões, ou 14,2% do total dos embarques externos realizadas pelas PMEs. "O principal destino das exportações das pequenas foram os países que compõem a Associação Latino Americana de Integração (Aladi).
Em 2013, 37,1% das exportações desse porte de empresas dirigiram-se aos países do bloco, equivalendo a US$ 654,8 milhões", diz Bogéa. Para ele, a complexidade burocrática é uma das principais dificuldades das pequenas empresas. "Há modificações diárias de requisitos e procedimentos, que dificultam o acompanhamento e atualização por parte das pequenas empresas. Como as de pequeno porte são geralmente de natureza familiar, o empresário é responsável por funções diversas, tais como produção, administração de pessoal, vendas, finanças, etc. Assim, é mínimasua disponibilidade para obtenção de informações que permitam a captura de oportunidades comerciais nos mercados externos.
Mas o grande mal das pequenas empresas está no custo para exportar. Além disso, falta previsibilidade por parte do governo para dar mais segurança a essa decisão", diz Castro, acrescentando que um processo de exportação, levando em conta gastos com despachante aduaneiro, fiscalização de mercadoria e certificado de origem, entre outras exigências, fica em torno de US$ 250 por operação. Isso, sem contar o custo para o desenvolvimento do produto a ser exportado, dentro dos padrões internacionais. "Por isso no Brasil poucas as que se aventuram a exportar. Acultura é muito mais importadora. Temos 44 mil empresas importadoras aqui. Quando uma pequena ou média empresa resolve exportar, isso vem da uma postura mais agressiva do dono.
Na minha opinião, todas as empresas deveriam exportar pelo menos 1% da produção. Se der errado, ela não quebra. Se der certo, abre mercados. E cria a tradição da exportação no Brasil, indo também para o interior, em busca potenciais exportadoras", avalia Castro. "A Europa exporta muito e países como a Itália tem as PMEs entre os grandes exportadores porque lá os consórcios de exportação são valorizados. Aqui, já houve tentativas, mas o sistema tributário brasileiro inviabiliza isso", continua. Segundo o diretor de Acesso a Mercados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Mauro Bogéa, em 2013, o principal grupo de produtos exportados pelas micro e pequenas empresas foi o de máquinas e equipamentos. No ano passado, 2.414 estabelecimentos deste porte exportaram o equivalente a US$ 250,1 milhões, ou 14,2% do total dos embarques externos realizadas pelas PMEs. "O principal destino das exportações das pequenas foram os países que compõem a Associação Latino Americana de Integração (Aladi).
Em 2013, 37,1% das exportações desse porte de empresas dirigiram-se aos países do bloco, equivalendo a US$ 654,8 milhões", diz Bogéa. Para ele, a complexidade burocrática é uma das principais dificuldades das pequenas empresas. "Há modificações diárias de requisitos e procedimentos, que dificultam o acompanhamento e atualização por parte das pequenas empresas. Como as de pequeno porte são geralmente de natureza familiar, o empresário é responsável por funções diversas, tais como produção, administração de pessoal, vendas, finanças, etc. Assim, é mínimasua disponibilidade para obtenção de informações que permitam a captura de oportunidades comerciais nos mercados externos.
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