Silvia Rosa, José de Castro, Antonio Perez e Lucinda Pinto | De São Paulo
A sinalização do Federal Reserve (Fed, banco central americano), na quarta-feira, de que o aumento dos juros nos Estados Unidos será conduzido de forma gradual e mais adiante trouxe uma trégua na aversão a risco. Tal combinação levou ao recuo do dólar e das taxas de juros futuros no Brasil.
Os investidores reagiram ontem positivamente ao tom ameno do comunicado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de quarta-feira, divulgado após o fechamentos dos mercados no Brasil.
Apesar de reconhecer a melhora da economia americana, o Fed ponderou que deve conduzir o processo de alta de juros com "paciência". Para investidores, foi um sinal de que o processo de normalização da política monetária deve se dar de forma gradual, reduzindo a preocupação com uma antecipação da alta da taxa de juros nos EUA, esperada para meados de 2015.
A estabilização da queda do rublo, em torno de 61 por dólar, foi outro fator que contribuiu para reduzir a preocupação no mercado. O banco central da Rússia voltou a intervir no mercado vendendo dólares das reservas e mostrou disposição de recapitalizar o sistema financeiro na Rússia.
No mercado local, investidores aguardam o anúncio dos parâmetros da renovação do programa de venda diária de swaps cambiais pelo Banco Central. O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta semana que o programa de intervenção será renovado, mas que o volume ofertado poderá ser reduzido, com uma banda entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões. Atualmente, a autoridade monetária oferta US$ 200 milhões diariamente.
Na avaliação do diretor de gestão de recursos da Ativa Investimentos, Arnaldo Curvello, a sinalização do Fed não deve mudar os planos do BC brasileiro com relação à política de atuação no câmbio. "Não são um ou dois dias de alívio no dólar que vão levar o BC a achar que o câmbio precisa de menos intervenção do que se espera."
O gestor de renda fixa e derivativos da Brasif Gestão, Henrique de la Rocque, tem avaliação semelhante. Para ele, a sinalização mais "dovish" (menos favorável ao aperto monetário) do Fed não muda a visão do mercado de que o BC seguirá com uma postura de redução gradual das intervenções no câmbio no próximo ano.
Com o alívio lá fora e a recuperação do real, as tesourarias reduziram parte dos prêmios carregados pelos juros futuros. Mais ligado à percepção de risco, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 12,58% para 12,46%. O DI para janeiro de 2017 recuou de 13,01% para 12,94%.
Segundo o estrategista da Icap Corretora, Juliano Ferreira, depois da escalada dos prêmios na esteira do ataque à moeda russa, era de se esperar uma queda das taxas em um dia mais benigno no cenário externo. "Mas esse alívio é mais técnico. É difícil ver uma redução maior dos prêmios sem sinais concretos de melhora dos fundamentos domésticos", afirma Ferreira.
Os investidores reagiram ontem positivamente ao tom ameno do comunicado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de quarta-feira, divulgado após o fechamentos dos mercados no Brasil.
Apesar de reconhecer a melhora da economia americana, o Fed ponderou que deve conduzir o processo de alta de juros com "paciência". Para investidores, foi um sinal de que o processo de normalização da política monetária deve se dar de forma gradual, reduzindo a preocupação com uma antecipação da alta da taxa de juros nos EUA, esperada para meados de 2015.
A estabilização da queda do rublo, em torno de 61 por dólar, foi outro fator que contribuiu para reduzir a preocupação no mercado. O banco central da Rússia voltou a intervir no mercado vendendo dólares das reservas e mostrou disposição de recapitalizar o sistema financeiro na Rússia.
No mercado local, investidores aguardam o anúncio dos parâmetros da renovação do programa de venda diária de swaps cambiais pelo Banco Central. O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta semana que o programa de intervenção será renovado, mas que o volume ofertado poderá ser reduzido, com uma banda entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões. Atualmente, a autoridade monetária oferta US$ 200 milhões diariamente.
Na avaliação do diretor de gestão de recursos da Ativa Investimentos, Arnaldo Curvello, a sinalização do Fed não deve mudar os planos do BC brasileiro com relação à política de atuação no câmbio. "Não são um ou dois dias de alívio no dólar que vão levar o BC a achar que o câmbio precisa de menos intervenção do que se espera."
O gestor de renda fixa e derivativos da Brasif Gestão, Henrique de la Rocque, tem avaliação semelhante. Para ele, a sinalização mais "dovish" (menos favorável ao aperto monetário) do Fed não muda a visão do mercado de que o BC seguirá com uma postura de redução gradual das intervenções no câmbio no próximo ano.
Com o alívio lá fora e a recuperação do real, as tesourarias reduziram parte dos prêmios carregados pelos juros futuros. Mais ligado à percepção de risco, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 12,58% para 12,46%. O DI para janeiro de 2017 recuou de 13,01% para 12,94%.
Segundo o estrategista da Icap Corretora, Juliano Ferreira, depois da escalada dos prêmios na esteira do ataque à moeda russa, era de se esperar uma queda das taxas em um dia mais benigno no cenário externo. "Mas esse alívio é mais técnico. É difícil ver uma redução maior dos prêmios sem sinais concretos de melhora dos fundamentos domésticos", afirma Ferreira.
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