Recomendações incluem mais alta de juros para conter a inflação
Flávia Barbosa
WASHINGTON - Na abertura oficial da reunião de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, apresentou a Agenda de Política Global do organismo multilateral, na qual os efeitos do fim gradual da política monetária expansionista dos EUA sobre os países emergentes têm destaque. No documento, o Brasil é citado em diversas partes - sempre reforçando problemas que o país deve solucionar. O cardápio de ações recomendadas pelo FMI vai de mais elevação dos juros a medidas que aumentem a competitividade externa brasileira.
Na avaliação geral do Fundo, a atividade global está se fortalecendo, mas a recuperação é desigual e continua muito fraca para que com ela se esteja confortável .
Um dos principais riscos é uma nova rodada de turbulências financeiras provocadas pela normalização da política monetária americana, que pode provocar fuga de capitais dos emergentes, desvalorização cambial excessiva, problemas em conta corrente e redução ainda maior do crescimento do mundo em desenvolvimento.
melhora na infraestrutura >
Há quatro recomendações principais ao Brasil, para que fortaleça a musculatura para enfrentar turbulências globais e retome taxas mais altas de expansão econômica. Com inflação em alta, um primeiro passo é continuar elevando a taxa de juros se a inflação persistir. As taxas de juros podem ter que ser aumentadas (incluindo em Brasil, Índia e Indonésia) e pode ser necessário reforçar o arcabouço das políticas para controlar a inflação.
A deterioração das contas públicas precisa ser contida e revertida, para que haja espaço de manobra em caso de nova crise e para que seja restaurada a credibilidade das políticas fiscais. Especialmente considerando o ano eleitoral.
Países com grandes necessidades de financiamento ou endividamento devem agir imediatamente para conter déficits (Brasil, Hungria, Índia, Jordânia, Paquistão). É preciso maior atenção a riscos contingentes - incluindo o expressivo crescimento no crédito privado (Brasil, China) ... vulnerabilidades nos governos regionais (Brasil, China, Paquistão) e ciclos eleitorais , diz o FMI.
A retomada do crescimento sustentável, a taxas elevadas, não ocorrerá sem que os investimentos assumam papel de destaque na economia e a infraestrutura seja melhorada. É essencial em muitos mercados emergentes que haja mais investimentos públicos e privados para atacar gargalos no lado da oferta (infraestrutura)... Muitos mercados emergentes precisam melhorar seus ambientes regulatório e de negócios para criar condições mais propícias ao investimento .
Por último, diz a agenda de trabalho do FMI, o Brasil precisa reduzir seu déficit em conta corrente, fortalecendo a economia para que tenha maior competitividade externa, por exemplo, impulsionando as exportações.
WASHINGTON - Na abertura oficial da reunião de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, apresentou a Agenda de Política Global do organismo multilateral, na qual os efeitos do fim gradual da política monetária expansionista dos EUA sobre os países emergentes têm destaque. No documento, o Brasil é citado em diversas partes - sempre reforçando problemas que o país deve solucionar. O cardápio de ações recomendadas pelo FMI vai de mais elevação dos juros a medidas que aumentem a competitividade externa brasileira.
Na avaliação geral do Fundo, a atividade global está se fortalecendo, mas a recuperação é desigual e continua muito fraca para que com ela se esteja confortável .
Um dos principais riscos é uma nova rodada de turbulências financeiras provocadas pela normalização da política monetária americana, que pode provocar fuga de capitais dos emergentes, desvalorização cambial excessiva, problemas em conta corrente e redução ainda maior do crescimento do mundo em desenvolvimento.
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Há quatro recomendações principais ao Brasil, para que fortaleça a musculatura para enfrentar turbulências globais e retome taxas mais altas de expansão econômica. Com inflação em alta, um primeiro passo é continuar elevando a taxa de juros se a inflação persistir. As taxas de juros podem ter que ser aumentadas (incluindo em Brasil, Índia e Indonésia) e pode ser necessário reforçar o arcabouço das políticas para controlar a inflação.
A deterioração das contas públicas precisa ser contida e revertida, para que haja espaço de manobra em caso de nova crise e para que seja restaurada a credibilidade das políticas fiscais. Especialmente considerando o ano eleitoral.
Países com grandes necessidades de financiamento ou endividamento devem agir imediatamente para conter déficits (Brasil, Hungria, Índia, Jordânia, Paquistão). É preciso maior atenção a riscos contingentes - incluindo o expressivo crescimento no crédito privado (Brasil, China) ... vulnerabilidades nos governos regionais (Brasil, China, Paquistão) e ciclos eleitorais , diz o FMI.
A retomada do crescimento sustentável, a taxas elevadas, não ocorrerá sem que os investimentos assumam papel de destaque na economia e a infraestrutura seja melhorada. É essencial em muitos mercados emergentes que haja mais investimentos públicos e privados para atacar gargalos no lado da oferta (infraestrutura)... Muitos mercados emergentes precisam melhorar seus ambientes regulatório e de negócios para criar condições mais propícias ao investimento .
Por último, diz a agenda de trabalho do FMI, o Brasil precisa reduzir seu déficit em conta corrente, fortalecendo a economia para que tenha maior competitividade externa, por exemplo, impulsionando as exportações.
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