Do G1, com informações da Reuters
Em um dia marcado por instabilidade, o dólar encerrou a sexta-feira (11) em alta de 0,2%, cotado a R$ 1,956. Após abrir o dia em alta, o dólar mudou de trajetória e passou a cair, mas ainda inverteu o rumo novamente para fechar em alta ante o real.
Em uma semana protagonizada por preocupações com o futuro da Europa e da crise que ocorre na região, a moeda americana acumulou valorização de 1,56%. Como nos dias anteriores, os mercados internacionais estiveram voltados ainda para a zona do euroa e as incertezas políticas na Grécia, que alimentaram aversão ao risco nas praças financeiras. No mês de maio, a moeda acumula alta de 2,57% e no ano subiu 4,68%.
O dia foi de baixo volume financeiro, com operadores mais cautelosos perto do fechamento da sessão.
Na quinta-feira, a equipe econômica brasileira minimizou a recente alta do dólar em relação ao real, que já soma cerca de 15% desde março, e possíveis impactos na inflação.
"O mercado teve volatilidade, mas no final acabou caminhando para a estabilidade, com um volume bem pequeno. Acompanhamos um pouco lá fora", afirmou o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado.
O operador diz acreditar ainda que os investidores podem ter sido mais cautelosos no final da semana, e que vão preferir esperar o que pode acontecer na próxima, com a moeda, por enquanto, se mantendo perto do patamar de R$ 1,95. "Parece que o mercado não está querendo fugir muito desse patamar de 1,95 real", completou Amado.
Em relação à alta de mais de 1% acumulada na semana, o operador afirmou que o quadro internacional negativo também prevaleceu para a valorização do dólar ante o real, o que pode ter sido acompanhado por uma diminuição do fluxo de entrada de dólares.
Desde que a divisa ultrapassou o patamar de R$ 1,90 no fechamento do dia 30 de abril, o Banco Central não intervém no mercado de câmbio, sinalizando que está confortável com o atual patamar do dólar. Segundo Amado, a dúvida agora é se, perto de R$ 2, a autoridade monetária chegará a vender dólares, ao enxergar uma possível pressão inflacionária maior. No entanto, até o momento o governo está indicando que não vê essa pressão. Membros da equipe econômica, com declarações principalmente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, indicaram na quinta-feira que não projetam na alta do dólar um problema à trajetória da inflação.
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