15/05/2012 - 16h16
DA REUTERS
O principal índice da Bolsa paulista acentuou o ritmo de queda e recuava mais de 2% nesta terça-feira. Assim, o Ibovespa zerou os ganhos acumulados no ano, pressionado pelo forte cenário de aversão ao risco provocado pelo impasse político na Grécia e por resultados corporativos piores que o esperado no Brasil.
Por volta das 16h10, o Ibovespa tinha queda de 2,10%, a 56.333 pontos. O giro do pregão era de US$ 5,96 bilhões.
No mesmo horário, o dólar ganhava 0,55%, e mais uma vez alcançou o patamar de R$ 2,001. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a valer R$ 2,005.
"O motivo da aversão ao risco continua sendo Europa, com foco na Grécia após o presidente não conseguir formar governo de coalizão, o que pode levar o país a ter de sair da zona do euro", disse Pedro Galdi, estrategista-chefe na SLW Corretora.
A Grécia informou que vai realizar novas eleições, depois que várias tentativas de acordo para formar um governo de coalizão fracassaram. As novas eleições devem ocorrer até a metade de junho.
"O Ibovespa zerou a gordura acumulada no ano e tem a tendência de buscar um piso mais baixo. Esse cenário afasta ainda mais os investidores", afirmou Galdi.
Resultados corporativos piores que o esperado no Brasil também contribuem para a debandada na Bovespa. Papéis de construção derretiam, com destaque para a queda de 14%, a R$ 9,52, da MRV Engenharia.
A construtora e incorporadora teve queda de 23,9% no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação anual, abaixo das expectativas do mercado.
OGX recuava 7%, a R$ 12,14, também refletindo em parte o mau humor dos investidores ao resultado do primeiro trimestre, quando a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 144,8 milhões.
A preferencial (que dá preferência no pagamento dos dividendos) da Vale subia 0,2%, a R$ 37,45, enquanto a preferencial da Petrobras caía 1,85%, a R$ 18,55.
Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou um aumento nos preços da gasolina, possibilidade que vinha sendo cogitada dada a valorização do barril de petróleo no mercado internacional.
Em sentido oposto, a Marfrig tinha alta de 5,1%, após alta do lucro no primeiro trimestre para R$ 34,5 milhões.
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