Silvia Rosa De São Paulo
A semana começou com forte alta do dólar ante o real, com a moeda americana fechando no patamar mais alto desde 3 de abril. Além do movimento de valorização da moeda americana no mercado externo, a redução da atuação do Banco Central no câmbio, por meio das rolagens dos contratos de swap cambial, reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste ou mesmo a interrupção do programa de intervenção, que mantém desde 22 de agosto de 2013.
O dólar comercial subiu ontem 1,61%, encerrando a R$ 2,2770.
Os investidores reagiram à perspectiva de que a autoridade monetária poderá não completar a rolagem do lote de US$ 10,060 bilhões em contratos de swap que vence em 1º de julho.
O BC iniciou ontem a rolagem do lote que vence no mês que vem. Renovou os 5 mil contratos ofertados, numa operação de US$ 247,5 milhões. O volume colocado muito aquém do esperado pelo mercado, considerando o tamanho total do lote para julho, levou o dólar a disparar, marcando a maior alta desde 5 de novembro de 2013.
Após a significativa valorização da moeda americana, o BC resolveu dobrar o número de contratos a serem renovados no leilão de hoje. Serão rolados 10 mil contratos que tinham vencimento previsto para 1º de julho, cuja operação poderá somar US$ 500 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo até o fim do mês, o BC terá concluído a rolagem de US$ 8,750 bilhões do lote total, deixando vencer US$ 1,310 bilhão.
Em maio, o BC liquidou cerca de US$ 4,65 bilhões em swaps, quase o dobro dos contratos que deixou de renovar em abril, que somaram US$ 2,233 bilhões. Além disso, deixou vencer um volume de cerca de US$ 3,5 bilhões em linha de venda dólares com compromisso de recompra. Isso levou a um aumento da busca por hedge, em meio a um cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário diante da deterioração do crescimento econômico.
A redução das atuações do Banco Central no câmbio reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste no programa de intervenção, que hoje conta com a venda diária de US$ 200 milhões no mercado futuro, por meio da oferta de contratos de swap cambial.
Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC deve reduzir pela metade o volume da colocação diária de swaps, e continuar fazendo a consulta ao mercado para saber se há demanda por linha. "Ele pode fazer o ajustes das atuações no câmbio por meio das rolagens", diz Medeiros.
Há quem defenda que um câmbio mais desvalorizado poderia ajudar na retomada das exportações brasileiras. Em maio, a balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 712 milhões, valor 6,7% inferior ao mesmo período de 2013 e o pior resultado para o mês desde 2002. No ano, a balança comercial acumula déficit de US$ 4,854 bilhões.
De outro lado, uma escalada do dólar poderia trazer maior pressão inflacionária. Isso não seria interessante para o BC, dado o cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário e do índice de inflação já próximo do teto da meta, acumulando alta de 6,28% em 12 meses até abril.
O dólar comercial subiu ontem 1,61%, encerrando a R$ 2,2770.
Os investidores reagiram à perspectiva de que a autoridade monetária poderá não completar a rolagem do lote de US$ 10,060 bilhões em contratos de swap que vence em 1º de julho.
O BC iniciou ontem a rolagem do lote que vence no mês que vem. Renovou os 5 mil contratos ofertados, numa operação de US$ 247,5 milhões. O volume colocado muito aquém do esperado pelo mercado, considerando o tamanho total do lote para julho, levou o dólar a disparar, marcando a maior alta desde 5 de novembro de 2013.
Após a significativa valorização da moeda americana, o BC resolveu dobrar o número de contratos a serem renovados no leilão de hoje. Serão rolados 10 mil contratos que tinham vencimento previsto para 1º de julho, cuja operação poderá somar US$ 500 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo até o fim do mês, o BC terá concluído a rolagem de US$ 8,750 bilhões do lote total, deixando vencer US$ 1,310 bilhão.
Em maio, o BC liquidou cerca de US$ 4,65 bilhões em swaps, quase o dobro dos contratos que deixou de renovar em abril, que somaram US$ 2,233 bilhões. Além disso, deixou vencer um volume de cerca de US$ 3,5 bilhões em linha de venda dólares com compromisso de recompra. Isso levou a um aumento da busca por hedge, em meio a um cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário diante da deterioração do crescimento econômico.
A redução das atuações do Banco Central no câmbio reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste no programa de intervenção, que hoje conta com a venda diária de US$ 200 milhões no mercado futuro, por meio da oferta de contratos de swap cambial.
Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC deve reduzir pela metade o volume da colocação diária de swaps, e continuar fazendo a consulta ao mercado para saber se há demanda por linha. "Ele pode fazer o ajustes das atuações no câmbio por meio das rolagens", diz Medeiros.
Há quem defenda que um câmbio mais desvalorizado poderia ajudar na retomada das exportações brasileiras. Em maio, a balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 712 milhões, valor 6,7% inferior ao mesmo período de 2013 e o pior resultado para o mês desde 2002. No ano, a balança comercial acumula déficit de US$ 4,854 bilhões.
De outro lado, uma escalada do dólar poderia trazer maior pressão inflacionária. Isso não seria interessante para o BC, dado o cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário e do índice de inflação já próximo do teto da meta, acumulando alta de 6,28% em 12 meses até abril.
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