Silvia Rosa e José de Castro
Depois de ter atingido a máxima de R$ 2,7306, o dólar perdeu força no pegão de ontem, após o discurso do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Mesmo assim, a moeda americana fechou com alta de 0,64%, a R$ 2,709.
O mercado local acompanhou o movimento do exterior, onde o dólar subiu frente às principais divisas em meio a nova queda do preço do petróleo e preocupações com a situação política na Grécia - aumentou o temor de saída do país da zona do euro.
A Grécia convocou eleições antecipadas para 25 de janeiro. Investidores temem que a vitória do partido de extrema esquerda Syriza coloque em risco os acordos de resgate acertados com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).
No mercado local, apesar do discurso do novo ministro da Fazenda ter sido recebido positivamente pelos investidores, dúvidas sobre a autonomia da nova equipe econômica durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff limitaram a perda de força da moeda americana.
Investidores passaram a questionar a capacidade de implementar os ajustes necessários após o episódio envolvendo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. No sábado, Barbosa teve de se retratar, a pedido da presidente, e corrigir o que disse na sexta-feira, de que o governo estuda mudanças no salário mínimo para 2016 a 2019.
Ontem, Levy anunciou a composição da nova equipe econômica, que contará com Marcelo Saintive Barbosa como secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Arno Augustin, e Jorge Rachid na Receita Federal. Também fazem parte da nova equipe Afonso Arinos de Melo Franco Neto, na Secretaria de Política Econômica, e Tarcísio Godoy, como secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
A nomeação do secretário do Tesouro surpreendeu por trazer um nome não muito conhecido do mercado. Saintive foi secretário de acompanhamento econômico do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e também atuou como subsecretário de Finanças do Rio de Janeiro, onde trabalhou com Levy. "Os nomes anunciados são alinhados com o perfil da nova equipe econômica, trazendo a esperança de que o governo consiga colocar a casa em ordem", diz Solange Srour, economista-chefe da Arx Investimentos.
A economista da Arx lembra que ainda falta a definição de nomes de instituições importantes como BNDES, Caixa e Banco do Brasil. "Tão importante quanto a política fiscal é ver como vai se comportar a política parafiscal."
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno, o discurso do novo ministro da Fazenda foi positivo e veio em linha com o esperado pelo mercado, enfatizando a necessidade de ajuste fiscal e o esforço do governo em criar condições para o avanço do setor privado. "A questão é se, na prática, a [presidente] Dilma vai permitir que os ministros façam o que deve ser feito", afirma.
Ainda no mercado local, os investidores seguem ajustando as posições à redução pela metade do volume de swaps cambiais ofertados nos leilões da "ração diária" do Banco Central, num sinal de que ele pretende diminuir a intervenção no câmbio.
O mercado local acompanhou o movimento do exterior, onde o dólar subiu frente às principais divisas em meio a nova queda do preço do petróleo e preocupações com a situação política na Grécia - aumentou o temor de saída do país da zona do euro.
A Grécia convocou eleições antecipadas para 25 de janeiro. Investidores temem que a vitória do partido de extrema esquerda Syriza coloque em risco os acordos de resgate acertados com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).
No mercado local, apesar do discurso do novo ministro da Fazenda ter sido recebido positivamente pelos investidores, dúvidas sobre a autonomia da nova equipe econômica durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff limitaram a perda de força da moeda americana.
Investidores passaram a questionar a capacidade de implementar os ajustes necessários após o episódio envolvendo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. No sábado, Barbosa teve de se retratar, a pedido da presidente, e corrigir o que disse na sexta-feira, de que o governo estuda mudanças no salário mínimo para 2016 a 2019.
Ontem, Levy anunciou a composição da nova equipe econômica, que contará com Marcelo Saintive Barbosa como secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Arno Augustin, e Jorge Rachid na Receita Federal. Também fazem parte da nova equipe Afonso Arinos de Melo Franco Neto, na Secretaria de Política Econômica, e Tarcísio Godoy, como secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
A nomeação do secretário do Tesouro surpreendeu por trazer um nome não muito conhecido do mercado. Saintive foi secretário de acompanhamento econômico do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e também atuou como subsecretário de Finanças do Rio de Janeiro, onde trabalhou com Levy. "Os nomes anunciados são alinhados com o perfil da nova equipe econômica, trazendo a esperança de que o governo consiga colocar a casa em ordem", diz Solange Srour, economista-chefe da Arx Investimentos.
A economista da Arx lembra que ainda falta a definição de nomes de instituições importantes como BNDES, Caixa e Banco do Brasil. "Tão importante quanto a política fiscal é ver como vai se comportar a política parafiscal."
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno, o discurso do novo ministro da Fazenda foi positivo e veio em linha com o esperado pelo mercado, enfatizando a necessidade de ajuste fiscal e o esforço do governo em criar condições para o avanço do setor privado. "A questão é se, na prática, a [presidente] Dilma vai permitir que os ministros façam o que deve ser feito", afirma.
Ainda no mercado local, os investidores seguem ajustando as posições à redução pela metade do volume de swaps cambiais ofertados nos leilões da "ração diária" do Banco Central, num sinal de que ele pretende diminuir a intervenção no câmbio.
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