Silvia Rosa, José de Castro, Antonio Perez e Lucinda Pinto
Dados econômicos fracos vindos dos Estados Unidos e a melhora do humor dos investidores após o discurso de posse do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, levaram o dólar a fechar em queda ante o real, ontem, após dois pregões consecutivos de alta. Os investidores assimilaram a promessa de que medidas de ajuste fiscal serão prioridades no seu mandato.
A moeda americana caiu 0,25% e encerrou a R$ 2,7022.
Globalmente, o dólar perdeu força em relação a principais divisas após a divulgação de números mais fracos que o esperado do setor de serviços nos EUA. O índice divulgado pelo Instituto para Gestão de ofertas (ISM, na sigla em inglês) caiu de 59,3 em novembro para 56,2 em dezembro. Especialistas esperavam uma leitura de 58 pontos. Já as encomendas à indústria nos EUA recuaram 0,7% em novembro ante o mês anterior.
Os dados afastaram, temporariamente, o temor de uma antecipação da alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) e ajudaram a dar suporte às moedas emergentes.
No mercado local, investidores avaliaram positivamente o discurso de posse de Levy, na segunda-feira, que destacou a necessidade do ajuste fiscal e redução dos subsídios por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele ainda citou a possibilidade de revisão de alguns tributos e enfatizou o comprometimento com a meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a autonomia da nova equipe econômica para implementar as mudanças necessárias.
De acordo com o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello, o mercado tem se deparado com notícias negativas praticamente todos os dias, o que explica em parte a sustentação do dólar próximo de R$ 2,70. "Mas o câmbio já vem precificando essas notícias há algum tempo, e você precisa ter uma nova série de notícias muito ruins para que o dólar volte a subir com força", afirma.
Apesar de o Banco Central ter anunciado a extensão do programa de intervenção no câmbio até 31 de março, o J,P. Morgan prevê uma desvalorização do real em 2015, calculando um câmbio a R$ 3 no fim do ano.
O banco destaca que, embora o programa de venda diária de swaps cambiais se estenda até o fim do trimestre, o volume da oferta diária foi cortado à metade em relação ao ano passado, recuando de US$ 200 milhões para US$ 100 milhões.
Além disso, o J.P. assinala que o programa foi renovado por apenas três meses, ao invés do prazo de seis meses praticado nas outras ocasiões em que o BC estendeu o programa. "Tomamos isso como um sinal da intenção de eventualmente o BC cessar a oferta diária de hedge cambial", escreveram os analistas do banco em relatório.
Na BM&F, os juros futuros cederam em bloco ontem, basicamente acompanhando o desempenho dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). A taxa do papel emitido pelos EUA de 10 anos caiu abaixo de 2% pela primeira vez desde maio de 2013. Segundo analistas, a queda do preço do petróleo e as preocupações com fraqueza da economia mundial levaram os investidores a se abrigar nos títulos do Tesouro americano.
Não por acaso, os recuos mais acentuados se deram entre as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) intermediários e longos. O derivativo para janeiro de 2017 caiu de 12,82% para 12,66%, e o contrato para janeiro de 2021, de 12,22% para 12,08%.
A moeda americana caiu 0,25% e encerrou a R$ 2,7022.
Globalmente, o dólar perdeu força em relação a principais divisas após a divulgação de números mais fracos que o esperado do setor de serviços nos EUA. O índice divulgado pelo Instituto para Gestão de ofertas (ISM, na sigla em inglês) caiu de 59,3 em novembro para 56,2 em dezembro. Especialistas esperavam uma leitura de 58 pontos. Já as encomendas à indústria nos EUA recuaram 0,7% em novembro ante o mês anterior.
Os dados afastaram, temporariamente, o temor de uma antecipação da alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) e ajudaram a dar suporte às moedas emergentes.
No mercado local, investidores avaliaram positivamente o discurso de posse de Levy, na segunda-feira, que destacou a necessidade do ajuste fiscal e redução dos subsídios por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele ainda citou a possibilidade de revisão de alguns tributos e enfatizou o comprometimento com a meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a autonomia da nova equipe econômica para implementar as mudanças necessárias.
De acordo com o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello, o mercado tem se deparado com notícias negativas praticamente todos os dias, o que explica em parte a sustentação do dólar próximo de R$ 2,70. "Mas o câmbio já vem precificando essas notícias há algum tempo, e você precisa ter uma nova série de notícias muito ruins para que o dólar volte a subir com força", afirma.
Apesar de o Banco Central ter anunciado a extensão do programa de intervenção no câmbio até 31 de março, o J,P. Morgan prevê uma desvalorização do real em 2015, calculando um câmbio a R$ 3 no fim do ano.
O banco destaca que, embora o programa de venda diária de swaps cambiais se estenda até o fim do trimestre, o volume da oferta diária foi cortado à metade em relação ao ano passado, recuando de US$ 200 milhões para US$ 100 milhões.
Além disso, o J.P. assinala que o programa foi renovado por apenas três meses, ao invés do prazo de seis meses praticado nas outras ocasiões em que o BC estendeu o programa. "Tomamos isso como um sinal da intenção de eventualmente o BC cessar a oferta diária de hedge cambial", escreveram os analistas do banco em relatório.
Na BM&F, os juros futuros cederam em bloco ontem, basicamente acompanhando o desempenho dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). A taxa do papel emitido pelos EUA de 10 anos caiu abaixo de 2% pela primeira vez desde maio de 2013. Segundo analistas, a queda do preço do petróleo e as preocupações com fraqueza da economia mundial levaram os investidores a se abrigar nos títulos do Tesouro americano.
Não por acaso, os recuos mais acentuados se deram entre as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) intermediários e longos. O derivativo para janeiro de 2017 caiu de 12,82% para 12,66%, e o contrato para janeiro de 2021, de 12,22% para 12,08%.
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