Trabalhadores reivindicam correção do fundo de pensão Portus, a regulamentação da guarda portuária e melhorias no plano de carreira para os aposentados; paralisação nacional de seis horas começou às 7h desta sexta-feira
Isabela Vieira - Repórter da Agência BrasilOs trabalhadores dos portos do Rio de Janeiro integram a paralisação nacional de seis horas, que começou às 7 h de hoje (24). Os portuários reivindicam correção do fundo de pensão Portus, a regulamentação da guarda portuária e melhorias no plano de carreira para os aposentados, segundo o Sindicato dos Portuários do Estado do Rio de Janeiro.
A paralisação no estado abrange os quatro terminais (Angra dos Reis, Niterói, Rio e Itaguaí) e pode se estender para uma greve de 24h, no dia 30 de janeiro. "Hoje é uma paralisação de advertência", disse o presidente do sindicato, Sergio Gianneto. Na estimativa dele, cerca de 950 trabalhadores estão parados. Em todo país 22 de 30 portos participam do movimento.
Segundo os portuários, uma das principais preocupações da categoria, dentre as reivindicações é a sinalização do governo federal, em especial do ministro dos Portos, Antonio Henrique Pinheiro, para terceirizar a guarda portuária que é uma atividade fim da categoria.
"Na lei está escrito que haverá uma regulamentação da guarda, mas o ministério (Secretaria dos Portos - SEP) quer passar por cima", disse Gianneto. Para ele, a SEP sofre pressão de empresas de vigilância que "têm olho grande neste mercado de 30 portos". "O problema é que não basta ser qualquer vigilante. Tem que ser treinado em regras internacionais", destacou.
Em relação ao fundo de pensão, a categoria explica que o governo deixou de contribuir com sua parte nos últimos anos e que, por isso, a dívida chega a R$ 4 bilhões. "Queremos que o governo pague a parte dele. A nossa contribuição nós fizemos", informou Gianetto. Segundo ele, a categoria defende o parcelamento da dívida em 30 anos, por exemplo, com parcelas anuais de R$ 15 milhões.
A Secretaria de Portos informou, em nota, que "está ciente das reivindicações" e mantém "diálogo com os trabalhadores" . Ao lado da Secretaria-Geral da Presidência da República, o órgão informou ainda que"acompanha os desdobramentos" da paralisação nacional.
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