A economia americana registrou, em dezembro, o menor ritmo de geração de empregos em três anos. Foram criadas apenas 74 mil novas vagas, bem menos que a metade dos 200 mil postos esperados para o período.
O número, que contrasta com a média de 182,5 mil vagas geradas por mês nos últimos dois anos, pode frear os planos do Fed, banco central americano, de retirada de seu estímulo econômico.
"A retirada do estímulo restringe o volume de recursos diponíveis para investimento nos mercados emergentes, como o Brasil, por isso a possibilidade de freada refletiu com entusiasmo no mercado nacional", explica Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.
Em dezembro, o Fed deu o primeiro passo para reduzir sua política para tirar a economia americana do buraco: diminuiu de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões a injeção mensal de estímulo, via compra de títulos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,76%, a 49.696 pontos. Na semana, porém, houve queda de 2,52%.
O movimento da Bolsa no dia foi estimulado pelo avanço das ações mais negociadas de Petrobras (+1,72%) e Vale (+0,53%). Juntos, esses dois papéis representam cerca de 16% do índice.
O Ibovespa também foi ajudado pela alta de 4,98% das ações mais negociadas da operadora de telefonia Oi e pelo ganho de 3,94% dos papéis da produtora de papel Klabin. A empresa de logística ALL também viu suas ações subirem, com alta de 3,53%.
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,19% em relação ao real, cotado em R$ 2,367. Foi a maior queda diária desde 6 de dezembro, quando perdeu 1,39%. Na semana, houve queda de 0,58%.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,33% no dia e 0,38% na semana, a R$ 2,365.
"Quanto mais demorada for a retirada do estímulo nos EUA, menor será o impacto negativo sobre a oferta de dólares no Brasil, por isso o alívio na cotação de hoje", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM.
A baixa do dólar foi ajudada pela intervenção programada do BC brasileiro no mercado, através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), por US$ 199,2 milhões.
ECONOMIA BRASILEIRA
O alívio vindo dos EUA ofuscou o fato de a inflação oficial no Brasil ter frustrado as expectativas do mercado ao apontar alta de 5,91% em 2013, acima do crescimento visto no ano anterior. Apenas em dezembro, os preços subiram 0,92%, o maior índice para o mês desde 2002 (2,10%).
"O IPCA veio pior que o esperado. Má notícia. Todo mundo estava esperando que o dado ficasse pelo menos em linha com 2012. Mas ficou acima. Mesmo assim, a Bolsa está subindo um pouco hoje porque já sofreu muito no início de 2014 com temores de desaceleração da China e incertezas sobre o ritmo da retirada de estímulos nos EUA", diz Paulo Gala, economista-chefe da Fator Corretora.
A avaliação de especialistas é de que, apesar do respiro de hoje, a tendência segue de baixa para a Bolsa brasileira e de alta para o dólar, por causa da perspectiva de que a economia nacional vai continuar com fraco crescimento e inflação elevada em 2014.
Fonte: Folha de São Paulo
"A retirada do estímulo restringe o volume de recursos diponíveis para investimento nos mercados emergentes, como o Brasil, por isso a possibilidade de freada refletiu com entusiasmo no mercado nacional", explica Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.
Em dezembro, o Fed deu o primeiro passo para reduzir sua política para tirar a economia americana do buraco: diminuiu de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões a injeção mensal de estímulo, via compra de títulos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,76%, a 49.696 pontos. Na semana, porém, houve queda de 2,52%.
O movimento da Bolsa no dia foi estimulado pelo avanço das ações mais negociadas de Petrobras (+1,72%) e Vale (+0,53%). Juntos, esses dois papéis representam cerca de 16% do índice.
O Ibovespa também foi ajudado pela alta de 4,98% das ações mais negociadas da operadora de telefonia Oi e pelo ganho de 3,94% dos papéis da produtora de papel Klabin. A empresa de logística ALL também viu suas ações subirem, com alta de 3,53%.
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,19% em relação ao real, cotado em R$ 2,367. Foi a maior queda diária desde 6 de dezembro, quando perdeu 1,39%. Na semana, houve queda de 0,58%.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,33% no dia e 0,38% na semana, a R$ 2,365.
"Quanto mais demorada for a retirada do estímulo nos EUA, menor será o impacto negativo sobre a oferta de dólares no Brasil, por isso o alívio na cotação de hoje", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM.
A baixa do dólar foi ajudada pela intervenção programada do BC brasileiro no mercado, através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), por US$ 199,2 milhões.
ECONOMIA BRASILEIRA
O alívio vindo dos EUA ofuscou o fato de a inflação oficial no Brasil ter frustrado as expectativas do mercado ao apontar alta de 5,91% em 2013, acima do crescimento visto no ano anterior. Apenas em dezembro, os preços subiram 0,92%, o maior índice para o mês desde 2002 (2,10%).
"O IPCA veio pior que o esperado. Má notícia. Todo mundo estava esperando que o dado ficasse pelo menos em linha com 2012. Mas ficou acima. Mesmo assim, a Bolsa está subindo um pouco hoje porque já sofreu muito no início de 2014 com temores de desaceleração da China e incertezas sobre o ritmo da retirada de estímulos nos EUA", diz Paulo Gala, economista-chefe da Fator Corretora.
A avaliação de especialistas é de que, apesar do respiro de hoje, a tendência segue de baixa para a Bolsa brasileira e de alta para o dólar, por causa da perspectiva de que a economia nacional vai continuar com fraco crescimento e inflação elevada em 2014.
Fonte: Folha de São Paulo