Correio Braziliense - 08/06/2012
Cristina Kirchner: restrições a importações prejudicaram a indústria
A economia argentina deve entrar em recessão no segundo semestre, segundo o Centro de Investigação em Finanças (CIF), da Universidade Torcuato di Tella, de Buenos Aires. O Índice Líder, elaborado pela instituição com o objetivo de identificar tendências e antecipar mudanças econômicas, apresentou forte queda em abril. Com isso, diz a instituição, “a probabilidade de (o país) entrar em recessão é de 98%”, superando pela primeira vez o limiar de 95% alcançado em fevereiro de 2009, quando a Argentina viveu um período recessivo provocado pela crise mundial.
Conforme documento publicado no site do CIF, sempre que o indicador supera a marca de 95%, o país entra em recessão em algum momento dos seis meses subsequentes. Boa parte da retração, de acordo com o estudo, será provocada pelas atuais medidas restritivas adotadas pelo governo da presidente Cristina Kirchner para conter as importações e controlar a entrada e a saída de capitais do país.
Risco
As manobras do governo prejudicaram a importação de insumos pela indústria e estão provocando uma queda do nível de atividade econômica, que já sofre com os efeitos contracionistas da crise internacional e a queda das exportações. Com a economia enfraquecida, a taxa de risco do país subiu de 1.225 para 1.525 pontos nas últimas duas semanas. Quanto mais elevada essa taxa, maiores os juros que o país tem que pagar para tomar empréstimos no exterior. A Argentina já enfrenta um mercado hostil desde que decretou moratória unilateral de sua dívida, no fim de 2001.
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