quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mercado internacional está atrativo para captar

Brasil Econômico - 13/06/2012
Além de taxas de juros mais baixas, empresas conseguem alongar o prazo da dívida


Apesar de aumentarem empréstimos no exterior, empresas apontam cautela e citam a atratividade do mercado externo.


Bayard Gontijo, diretor de tesouraria e relação com investidores da Oi, confirma que o endividamento externo aumentou. Porém, aponta que menos de 1% da dívida externa da companhia de telefonia fica sem proteção. "Não especulamos com a moeda. Sempre tivemos política conservadora com relação a esta exposição".

Além disso, o diretor cita que o perfil da dívida da empresa mudou. "O prazo médio passou de três para cinco anos". Entre 2009 e 2011, o custo da dívida da empresa, que era de 120% do CDI, caiu para 95%. "Apenas parte da nossa dívida está relacionada ao CDI, mas já é um custo a menos. O mercado está aberto para bons tomadores", aponta Gontijo.

No caso da Braskem, a dívida total em dólar subiu de 64% em 2009 para 66% em 2012. Mas a companhia tem um hedge natural, pois tem fluxo de caixa dolarizado.

De olho em custos menores, a petroquímica migrou sua dívida de bancos para o mercado de capitais no período."Desta forma, também conseguimos alongar o prazo da dívida. A conquista do grau de investimento pela empresa no ano passado colaborou para isso", conta Marcela Drehmer, vice-presidente de finanças da companhia.

A Petrobras aponta, em nota, que aumentou seu empréstimo em moeda estrangeira porque tem conseguido captar através da emissão de títulos no exterior com custos e prazos favoráveis. No primeiro trimestre de 2012, realizou captação no valor total de US$ 7,2 bilhões com vencimentos de até 30 anos.Como vende produtos cotados a preços internacionais, afirma ter proteção natural de mercado contra a alta do câmbio.

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