O atendimento
ininterrupto da aduana como forma de efetivar o Porto 24 horas foi defendido
durante o 7º Encontro de Logística e Transportes, promovido pela Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para especialistas, não basta ter
instalações portuárias operando 24 horas, mas é preciso que toda a cadeia
logística atue ao longo desse período.
O presidente do
Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista
(Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, considera o desencontro de horários entre
terminais, áreas retroportuárias, clientes e usuários um dos principais entraves
para que se tenha o Porto 24 horas.
Para tanto, a
palavra de ordem é integração, segundo o presidente da Associação Brasileira dos
Terminais Portuários, Wilen Manteli. Ele argumenta que não adiantam terminais 24
horas se todas as demais autoridades, que têm autonomia sobre a operação, e os
anuentes envolvidos no desembaraço não estiverem presentes.
Manteli lembra que
o transporte é o maior custo para a indústria. A média de 15 dias entre fábrica
e porto e os serviços insuficientes elevam o custo da operação. "É preciso ter
consciência de que os adversários são os concorrentes e que todos nós estamos
sujeitos à forte competição. Somos responsáveis pelo resultado final de cada
operação", considera.
De acordo com
Manteli, a média de trabalho de 8 h/dia é inadmissível para um país que vive um
momento de oportunidades como o Brasil. "Os órgãos de menor velocidade
determinam todo o funcionamento do porto e, por isso, é preciso coordenação
entre todos os atuantes", avalia.
Outro problema
levantado pelo membro do Conselho Empresarial de Infraestrutura do Sistema
Firjan, Silvio Ferreira de Carvalho Júnior, é o uso do mesmo gate para
importações, exportações e contêineres vazios. "Uma mesma fila, criando grande
dificuldade, quando no caso do contêiner vazio não há dependência de inspeção",
diz.
Também a falta de
pessoal esteve entre os argumentos debatidos pelos especialistas. O
representante da Firjan disse que tal alegação é sempre a justificativa
apresentada e que, por isso, não se consegue fazer frente à implantação global
do Porto 24 horas. (Redação: Andréa Campos)
Fonte: Aduaneiras
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