quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dólar faz nova máxima para o ano a R$ 1,886



SÃO PAULO  - 
Mais uma vez descolado de seus pares externos, do preço das commodities e de outros ativos de risco, o real fecha o dia em baixa ante ao dólar, que assim faz nova máxima para o ano.
O dólar comercial encerrou o dia com leve alta de 0,11%, a R$ 1,886 na venda, maior cotação desde o fim de novembro do ano passado. Na máxima, a divisa foi a R$ 1,892.
O Banco Central (BC) não fez atuações no mercado, o que contribuiu para tirar a cotação das máximas do dia.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para maio tinha valorização de 0,21%, a R$ 1,887. Esse contrato deixa de ser negociado no fim do pregão de segunda-feira e o dólar para junho vira referência. Esse contrato ganhava 0,26%, a R$ 1,899 depois de fazer máxima a R$ 1,9035.
Os pregões de sexta e segunda-feira são marcados pela rolagem de posições de contratos futuros e da briga entre comprados e vendidos na defesa de posições.
Na BM&F, os fundos locais aparecem como detentores das maiores posições compradas em contratos de dólar futuro (US$ 3,797 bilhões). Os bancos locais estão vendidos em US$ 3,874 bilhões e o estrangeiro também está vendido, mas em US$ 1,339 bilhão.
Colocando na conta as posições em cupom cambial (DDI – juro em dólar), o estoque comprado dos fundos sobe a US$ 11,856 bilhões. Os bancos aparecem na ponta oposta, vendidos em US$ 13,105 bilhões, uma das maiores posições já registradas. E os estrangeiros estão vendidos em US$ 324 milhões.
Para um tesoureiro, o viés de baixa na taxa de juros, que foi reforçado nesta quinta-feira pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), também tem alguma influência no preço do dólar.
O BC mais uma vez mudou o discurso. Em março tinha falado que tinha intenção de levar a Selic para patamares ligeiramente acima dos mínimos de históricos. Agora, aponta que “qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia”.
No mercado se discute o que “parcimônia” quer dizer. Seria um corte de 0,25 ponto ou 0,50 ponto percentual. Na dúvida, cabe apostar em redução de no mínimo 0,25 ponto.
Por Eduardo Campos | Valor
(Eduardo Campos | Valor)

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