segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Terminam esta semana inscrições para Missão Empresarial ao Norte da África

Terminam esta semana inscrições para Missão Empresarial ao Norte da África
Brasília (11 de novembro) – Até a próxima quinta-feira (14/11), os empresários brasileiros que queiram ampliar ou iniciar exportações para o Norte da África podem se inscrever para participar da missão empresarial a Argélia e Marrocos, entre os dias 1° e 5 de dezembro. A missão, que terá ações nas cidades de Argel e Casablanca, é organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: apexbrasil@apexbrasil.com.br.  Cada empresa deve arcar com as despesas de viagem e hospedagem de seu representante. A organização oferece a estrutura básica para as rodadas de negócios e o transporte para os eventos previstos na programação oficial. Também são realizados encontros entre autoridades brasileiras e locais.


Hoje pela manhã, o secretário-executivo do MDIC, Ricardo Schaefer, reuniu-se, em Brasília, com representantes de empresas interessadas em participar da ação brasileira. Durante a reunião, os empresários puderam esclarecer dúvidas e receber informações estratégicas sobre a região. “Argélia e Marrocos são dois mercados que estão crescendo muito”, disse Schaefer. “A Argélia vem ampliando suas importações na ordem de 3,5% ao ano e o Marrocos, quase 9%, em média. São mercados em que o Brasil detém uma participação concentrada em açúcar, óleo de soja e milho. Mas há um grande potencial de exportarmos produtos de maior valor agregado como máquinas e equipamentos”, analisa o secretário-executivo, que chefiará a missão empresarial com o objetivo de estimular a ampliação das exportações brasileiras para a região. 

Argélia
Com PIB Nominal de aproximadamente US$ 200 bilhões, crescimento de 2,6% em 2012 e renda per capita de US$ 5.660,00, o país africano possui a décima maior reserva de gás natural e a décima sexta de petróleo do mundo. O setor de hidrocarbonetos representa 30% do PIB, mais de 95% das exportações e 60% das receitas governamentais. Entre 2007 e 2011, o intercâmbio comercial da Argélia cresceu 12,5%, de US$ 83,3 bilhões para US$ 93,8 bilhões. Em 2011, o intercâmbio apresentou redução de 3,6% em relação a 2010, quando atingiu US$ 97,3 bilhões.
A pauta de exportações argelina é concentrada em hidrocarbonetos e o resultado da balança comercial do país é influenciado por oscilações do preço internacional do petróleo. Com previsões de menor crescimento da demanda nos principais destinos das vendas do país (Europa e Estados Unidos) e perspectivas de relativa estabilidade nos preços internacionais do petróleo, as exportações argelinas deverão registrar pequeno decréscimo em 2013 e 2014.
Já as importações do país, no entanto, deverão aumentar em média 3,5% entre 2013 e 2014. O estudo das compras argelinas permite identificar potencial para a venda de produtos brasileiros diversos, como materiais elétricos e eletrônicos; produtos químicos; calçados; produtos de vidraçaria; obras de metais; higiene e cosméticos; marcenaria e carpintaria; papel; tubos de ferro fundido, ferro ou aço; carne bovina industrializada; aparelhos de ótica; farinhas para animais; suco de laranja; fumo; máquinas de terraplanagem; entre outros.
De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 830 milhões para Argélia, enquanto adquiriu US$ 2,620 bilhões do país africano. O principal produto importado pelo Brasil da Argélia são naftas (US$ 1,125 bilhão), seguido de petróleo em bruto (US$ 836 milhões), gás propano liquefeito (US$ 23 milhões) e fosfatos de cálcio e de aluminocálcicos (US$ 10 milhões). Os principais produtos brasileiros exportados para a Argélia no período foram açúcar em bruto (US$ 488 milhões), óleo de soja em bruto (US$ 77 milhões), carne bovina (US$ 71 milhões) e milho em grão (US$ 62 milhões).
Marrocos
O PIB do país atingiu US$ 97,1 bilhões em 2012 e o crescimento econômico marroquino de 2,9% foi inferior ao registrado nos anos anteriores, em razão de desempenho ruim da agricultura local e por conta da crise econômica na União Europeia, principal parceira comercial do país. As projeções indicam que a economia do país deverá crescer 5,54%, em 2013, e 5,12%, em 2014, com perspectiva de moderada recuperação da economia mundial e do aumento da produção agrícola local.
De 2007 a 2011, as exportações do Marrocos diminuíram 12,2%, de US$ 17,3 bilhões para US$ 15,2 bilhões. No mesmo período, as importações do país africano aumentaram 2,9%, de US$ 27 bilhões para US$ 27,8 bilhões. Para o setor exportador brasileiro, é possível reconhecer potencial para as vendas de açúcar em bruto; produtos farmacêuticos; calçados; higiene e cosméticos; tratores; máquinas de uso agrícola; pneus; compressores e bombas; aparelhos de iluminação; autopeças; carne de frango e bovina; massas alimentícias; café; chás; entre outros.
Nos nove primeiros meses de 2013, o Brasil exportou ao Marrocos US$ 474 milhões e importou desta economia africana US$ 1,033 bilhão. Os principais produtos brasileiros vendidos no período foram: açúcar em bruto (US$ 283 milhões); milho em grão (US$ 108 milhões); óleo de soja em bruto (US$ 37 milhões) e açúcar refinado (US$ 9 milhões). Já os bens mais comprados pelo Brasil do Marrocos, de janeiro a setembro deste ano, foram: adubos e fertilizantes (US$ 616 milhões); superfosfatos (US$ 180 milhões); naftas (US$ 107 milhões) e fosfatos de cálcio e de aluminocálcicos (US$ 50 milhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC