segunda-feira, 6 de abril de 2015

Por conta do incêndio, caminhões estão proibidos de entrar em Santos

Gabinete de gestão de crise aumentou a restrição aos veículos de carga

O gabinete de gestão de crise, instalado para organizar ações dos governos Federal, Estadual e Municipal no combate ao fogo que atinge a Ultracargo desde quinta-feira (2), decidiu aumentar a restrição à circulação de caminhões em Santos. Todos os veículos de carga estão proibidos de entrar na Cidade, exceto os que contêm materiais hospitalares e alimentos perecíveis.
De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Moraes, a previsão é que a medida dure até sexta-feira (10), com o objetivo de evitar um caos no trânsito da região.
O acesso ao viaduto da Alemoa está bloqueado desde o início do incêndio. Por isso, durante o feriado, os caminhões utilizaram o Centro de Santos para ir ao Porto. Entretanto, o acesso passou a ser restrito a partir da zero hora desta segunda-feira (6). E a medida foi reavaliada em reunião nesta manhã, na Prefeitura, passando a vigorar a proibição total.
A Ecovias e a Polícia Rodoviária fazem triagem ainda no trecho de Planalto da estrada. Motoristas que têm como destino a margem esquerda do Porto podem seguir viagem. 
Polícia Rodoviária faz triagem de caminhões na altura do km 40 da Via Anchieta, sentido Santos





















Comboio de caminhões
Por volta das 11 horas desta segunda-feira, uma operação de comboio para os caminhões que desceram a serra antes da proibição total foi iniciada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos.
Os caminhões que foram liberados pela Ecovias são encaminhados sob orientação e escolta dos agentes da CET-Santos para a área portuária por dentro da Cidade. Os caminhões estão sendo encaminhados aos poucos (entre dez e 15 veículos por vez) pela Av. Martins Fontes, Av. Getúlio Vargas, R. São Bento e R. Cristiano Otoni.
O bloqueio permanece no alto da Serra, realizado pela Ecovias e Polícia Rodoviária, para impedir a descida de caminhões até Santos.
Medida
O objetivo da medida - que reúne esforços das esferas municipal, estadual e federal - é evitar que a Entrada de Santos fique bloqueada por caminhões.  
A operação envolve diversos órgãos públicos, como a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Agência dos Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), a Ecovias, a Polícia Rodoviária e a Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET).
“Estamos mais próximos de uma solução para o incêndio, mas temos de pensar na população de Santos, que está sofrendo com isso há mais de três dias. Quando a situação melhorar, a ordem (de restringir a circulação de caminhões) será suspensa”, afirmou o diretor-presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira, em entrevista para A Tribuna, na tarde de domingo (5), logo após a reunião com o gabinete de emergência. 
Quanto aos impactos no escoamento de grãos, o executivo considera que ainda é cedo para se pensar nos prejuízos, pois, neste momento, o órgão está concentrado em dar suporte no combate ao incêndio.

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